
Avidamente
Serigrafia do poema concreto “Avidamente” da autoria do poeta e músico português, Alfredo Costa Monteiro. Uma edição exclusiva para a Qual Albatroz com uma tiragem limitada de 20 exemplares.
A produção poética de Alfredo Costa Monteiro é marcada por uma síntese muito pessoal da corrente dadaísta e do movimento da poesia concreta.
O móbil da sua escrita é o desvendar dos mistérios da linguagem, das suas coincidências expressivas, às vezes tão inacreditavelmente coincidentes que não podem ser apenas lúdicas, mas que são, para o poeta, vislumbres de combinatórias ocultas em acção.
Sobre o poema “Avidamente”, Alfredo Costa Monteiro diz-nos o seguinte:
«A árvore sempre tem sido um símbolo de sabedoria. Dos seus ramos, caem frutos que são alimento para o pensamento; frutos proibidos, não esqueçamos. Mas isso, parece já ser uma história antiga. Ou talvez nem seja assim tão antiga. E se calhar é por isso que essa desordem aparente acaba por formar uma mensagem, impressa nessa prata tão buscada pelos alquimistas e que parece levar a um enigma: não sabemos qual é a mentira, mas intuímos que nela está a realidade do mundo. Aqui, a poesia já não é inspiração, nem verso, nem outra coisa do que simples combinatória, como um código para decifrar; nasce do espaço que existe entre as letras para dar outro sentido àquilo que já conhecemos.» Alfredo Costa Monteiro (Barcelona, Março 2014)
O autor


Alfredo Costa Monteiro nasceu em Portugal, em 1964. Estudou escultura e multimédia com Christian Boltanski na Escola de Belas Artes de Paris, tendo concluído a formação em 1992, ano em que se mudou para Barcelona, onde vive presentemente.
Colaborou com vários músicos, coreógrafos e videastas, e fez digressões pela Europa, pelo Canadá e pelo Japão. Tem uma vasta obra a solo e com diferentes grupos, disponível em editoras discográficas como antifrost, rossbin, absurd, étude records, monotype records, another timbre, creative sources, potlatch, organized music from thessaloniki, cathnor, entre outras.
Tem desenvolvido múltiplas atividades nos campos da arte visual (instalações), da poesia visual/sonora e do som.
As suas instalações e peças sonoras, todas de um cunho de baixa-fidelidade, têm em comum o interesse pela instabilidade dos processos, pelas matérias-primas e pelos gestos, reconhecendo à manipulação dos objetos como instrumentos ou dos instrumentos como objetos um forte aspeto fenomenológico.
Toca gira-discos, guitarra elétrica, acordeão, papel, aparelhos eletroacústicos e objetos ressoantes.
Ficha técnica da obra

Autor da ilustração | Alfredo Costa Monteiro |
Impressão | Marc Parchow |
Tiragem | 20 exemplares assinados e numerados |
Data de publicação | Maio de 2014 |
Edição | Serigrafia a 2 cores |
Papel | Papel Artesenal 100% Cotton Basic Branco da Moinho |
Tinta | Tinta de serigrafia à base de água. |
Área impressa | 250 x 310 mm |
Tamanho do papel | 270 x 335 mm |